Mercado soja: Preços caem no Brasil em dia sem negócios perto do fim do ano
Os preços da soja caíram no Brasil. Sem negócios realizados, a retração foi nominal, acompanhando o movimento da Bolsa de Chicago. A alta tímida do dólar não teve grande impacto.
Segundo analistas de SAFRAS & Mercado, as diferenças entre o preço da soja disponível e da futura estão diminuindo. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 142,00 para R$ 139,00. Na região das Missões, a cotação recuou de R$ 141,00 para R$ 138,00 a saca. No Porto de Rio Grande, o preço diminuiu de R$ 147,00 para R$ 145,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço decresceu de R$ 133,00 para R$ 132,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca desvalorizou de R$ 143,00 para R$ 142,00. Em Rondonópolis (MT), o valor não variou: R$ 130,00. Em Dourados (MS), a cotação baixou de R$ 128,00 para R$ 126,00. Em Rio Verde (GO), a saca recuou de R$ 128,00 para R$ 127,00. Chicago Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços mais baixos.
A proximidade do final de ano esvaziou o mercado, que oscilou dentro de pequenas margens, com os investidores posicionando carteiras frente ao ano ruim de 2023 em relação aos preços. No acumulado do ano até aqui, numa base contínua, as cotações mais de 13%. O clima no Brasil, com chuvas benéficas previstas para os próximos dias, segue no foco. Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 11,50 centavos ou 0,87% a US$ 13,05 1/4 por bushel.
A posição março teve cotação de US$ 13,12 por bushel, com recuo de 8,50 centavos ou 0,64%. Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com baixa de US$ 3,10 ou 0,78% a US$ 390,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 47,98 centavos de dólar, com baixa de 0,68 centavo ou 1,39%. Câmbio O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,42%, sendo negociado a R$ 4,8520 para venda e a R$ 4,8500 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8170 e a máxima de R$ 4,8705. Na semana, o real valorizou 0,17% ante o dólar. No mês, o dólar caiu 1,28% em relação ao real, e acumulou queda de 3,48% no trimestre e de 7,7% no ano de 2023. Já no segundo semestre, o dólar valorizou 1,34% em relação ao real.
Mercado milho: Quinta-feira de marasmo na comercialização, com preços firmes
O mercado brasileiro de milho seguiu com cotações firmes nesta quinta-feira. Mas o mercado praticamente inexistiu em termos de negócios. A semana mais curta entre festividades de Natal e Ano Novo afastou compradores e vendedores do mercado. Muitos agentes não estiveram presentes. No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 67,00/77,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 68,00/74,00 a saca. No Paraná, a cotação ficou em R$ 61,00/65,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 70,00/75,00 na Mogiana.
Em Campinas CIF, preço de R$ 75,00/78,00 a saca. No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 68,00/72,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 74,00/75,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 62,00/65,00 a saca em Rio Verde - CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 46,00/55,00 a saca em Rondonópolis. Chicago a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços mais baixos.
O mercado chegou a ter ganhos no início do dia, sustentado pelos sinais de melhora na demanda voltada à produção de etanol nos Estados Unidos. Contudo, em sessão marcada por grande volatilidade, o cereal se consolidou no território negativo. Os investidores seguiram buscando um melhor reposicionamento de carteiras frente ao final do ano e avaliaram o clima no Brasil, com o retorno das chuvas em áreas produtoras com problemas de estiagem, o que exerce pressão às cotações.
O movimento de valorização do dólar frente a outras moedas, revertendo as perdas, assim como o declínio nos preços do petróleo atuaram como fatores de queda aos preços. A produção de etanol de milho dos Estados Unidos cresceu 3,3% na semana encerrada em 22 de dezembro, atingindo 1.107 mil barris diários ( ), ante 1.071 mil na semana anterior (15), segundo dados da AIE (Administração de Informação de Energia). Já os estoques de etanol dos Estados Unidos passaram de 22,906 milhões de barris para 23,5 milhões de barris no mesmo período comparativo, crescendo 2,6%.
O país exportou ainda 132 mil barris de etanol nessa última semana, ante 196 mil, queda de 32%. Os estoques cresceram para os patamares mais altos desde agosto 23,4 milhões de barris em 11 de agosto. Analistas consultados pela Dow Jones estimaram que os números ficariam entre 22 e 22,3 milhões de barris. Já a aposta para a produção era de um número entre 1,064 a 1,084 milhão de barris.
Assim, a queda efetiva nos números de produção surpreendeu o mercado. Cada barril equivale a 159 litros. Amanhã é a última sessão que a Bolsa de Mercadorias de Chicago opera em 2023. No acumulado do ano, até o momento, o cereal apresentou perdas de cerca de 30%. Na sessão, os contratos de milho com entrega em março de 2024 fecharam a US$ 4,74 1/4 por bushel, baixa de 2,25 centavos de dólar, ou 0,47%, em relação ao fechamento anterior. A posição maio de 2024 fechou a sessão a US$ 4,86 1/2 por bushel, recuo de 2,00 centavos de dólar, ou 0,40%, em relação ao fechamento anterior.
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,42%, sendo negociado a R$ 4,8520 para venda e a R$ 4,8500 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 4,8170 e a máxima de R$ 4,8705. Na semana, o real valorizou 0,17% ante o dólar. No mês, o dólar caiu 1,28% em relação ao real, e acumulou queda de 3,48% no trimestre e de 7,7% no ano de 2023. Já no segundo semestre, o dólar valorizou 1,34% em relação ao real.
Mercado trigo: Preços caem quase 25% no Brasil em 2023
A média de preços do trigo nas principais regiões de produção e comercialização do Brasil encerram o ano 24,6% inferiores ao do início do ano. No mercado gaúcho, a retração anual foi de 16,6%. No paranaense de 24,6%. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Elcio Bento, a queda menos intensa no Rio Grande do Sul em relação ao Paraná se explica pelos movimentos da produção. Sempre é bom lembrar que, entre janeiro de agosto, o mercado nacional é regido pelo quadro de abastecimento do ano comercial 2022/23 do trigo.
Com isso, nos primeiros sete meses de 2023, os gaúchos estavam negociando uma safra que ultrapassou 6 milhões de toneladas. No Paraná, a produção da temporada 2022/23 foi duramente castigada pelo excesso de chuvas. Cerca de 50% da produção de 3,6 milhões de toneladas - do estado não atingia o padrão de qualidade tipo 01. Apenas no último quadrimestre do ano, os preços refletiram a quebra da safra plantada em 2023, explicou. Nesta safra, as lavouras gaúchas sofreram mais, fechando com um montante de produção de 3,3 milhões de toneladas.
As paranaenses fecharam com 3,65 milhões de toneladas. Ambos os estados não produziram o suficiente para atender as suas indústrias locais. Quando a possibilidade de quebra de safra devido ao excesso de chuva passou a ser uma realidade, em poucos dias, o mercado se distanciou do nível de paridade de exportação e colou no de importação.
Esse movimento reduziu a queda anual, salientou Bento. Chicago A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou com preços significativamente mais altos. A renovação das tensões militares no Mar Negro favoreceu a valorização. Além disso, os investidores cobriram posições, já em ritmo de fim de ano. Com o baixo volume de negócios, qualquer notícia traz variações mais acentuadas do que o normal neste período. No acumulado do ano, o cereal desvalorizou mais de 20% numa base contínua.
Soja: Plantio da safra 2023/24 atinge 81% na Argentina
Levantamento semanal divulgado hoje pelo Ministério da Economia da Argentina, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, indicou que o plantio de soja da safra 2023/24 atingiu 81% da área total prevista de 16,719 milhões de hectares. De acordo com o Ministério, na semana anterior a semeadura estava em 71%. No mesmo período do ano passado, o plantio atingia 82% dos 15,978 milhões de hectares cultivados na temporada 2022/23.
Milho: Plantio da safra 2023/24 atinge 79% na Argentina
Levantamento semanal divulgado hoje pelo Ministério da Economia da Argentina, por meio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca, indicou que o plantio de milho da safra 2023/24 atingiu 79% da área total prevista de 10,385 milhões de hectares. De acordo com o Ministério, na semana anterior a semeadura estava em 69%. No mesmo período do ano passado, o plantio atingia 77% dos 10,533 milhões de hectares cultivados na temporada 2022/23.
Coréia do Sul estima safra 2023/24 em 3,702 mi de t beneficiadas
A área semeada com arroz na Coreia do Sul foi estimada em 708 mil hectares no ano comercial 2023/2024 (início em novembro de 2023), ante 727 mil na temporada anterior. As informações constam no relatório Gain Report, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O país asiático deverá colher 4,930 milhões de toneladas de cereal em casca de novembro de 2023 a outubro de 2024, gerando 3,702 milhões de toneladas beneficiadas, ante patamar de 4,900 milhões (casca) e 3,764 milhões (beneficiado) na temporada 2022/23. As importações devem somar 488 mil toneladas beneficiadas em 2023/24, ante 270 mil no comercial anterior.
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