Os Estados de São Paulo, Espírito Santo, Paraná e Minas Gerais são os que apresentam maior número de operadores de Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), popularmente chamadas de drones, registradas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os dados foram mostrados durante a DroneShow 2023, que aconteceu neste mês em São Paulo.
De acordo com a Divisão de Aviação Agrícola do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV) do Mapa, São Paulo tem 36 operadores registrados no Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimento Agropecuários (Sipeagro), seguido pelo ES (28), PR (15) e MG (15). No total, o Brasil tem 146 operadores e 23 entidades autorizadas a oferecer o Curso de Aplicação Aeroagrícola Remoto (CAAR).
A chefe da divisão, Uéllen Lisoski, explicou como providenciar o registro, apresentou as portarias e instruções normativas do Mapa que regulamentam o uso das ARPs, mostrou os diferentes modelos e finalidades das aeronaves agrícolas e abordou o funcionamento da fiscalização do ministério nesta área.
“No início, a regulamentação previa o uso de pequenos drones para a pulverização agrícola, mas a tecnologia se desenvolveu e hoje temos praticamente pequenos aviões usados na agricultura”, disse ela. Para incorporar essas mudanças e adequar a legislação, o decreto nº 86.765, de 1981, que trata da aviação agrícola, está sendo revisado. Esse processo começou em maio de 2021 e está em fase de consulta pública.
Ainda de acordo com a palestrante, há benefícios econômicos, sociais, ambientais, de inovação e sustentabilidade ao se utilizar corretamente os drones agrícolas. “Oportunidade de renda, eficiência e economia de insumos, redução do consumo de água, preservação de áreas sensíveis, saúde do aplicador e de terceiros são alguns deles”, afirmou. A pulverização com drones representa ainda o fortalecimento do setor aeroagrícola e a manutenção da atividade.
Acompanharam a apresentação a superintendente de Agricultura e Pecuária no Estado de São Paulo, Andréa Moura; o chefe da Divisão de Defesa Agropecuária (DD-SP), Danilo Kamimura; a chefe do Serviço de Fiscalização de Insumos e Sanidade Vegetal (Sisv-SP), Carolina Reis; a chefe do Núcleo de Suporte à Produção Orgânica de São Paulo (Nusorg-SP), Virginia Germani; e o engenheiro agrícola Lucas Fernandes de Souza, do Mapa, que atua com ARPs.
Por: Idaliana Freitas - com as informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
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