Os recursos vão para atividades como armazenagem, comercialização e capital de giro para indústrias e cooperativas.
Os produtores de café, cooperativas, indústrias e exportadores podem procurar os bancos e as cooperativas de crédito para obter os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). São R$ 4,64 bilhões em crédito que podem ser usados em custeio, comercialização, aquisição de café e em capital de giro para indústrias e cooperativas para apoiar cafeicultores, além de estimular a próxima safra.
No total, 34 bancos e cooperativas de crédito vão operar com o Funcafé. Entres os novos participantes estão a Caixa e o Banco do Brasil.
“São recursos para custeio agrícola destinado aos produtores, para aquisição de insumos, adubos e defensivos nesse momento que inicia o cuidado com as lavouras de café, terminada a colheita”, disse o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Silvio Farnese.
“Temos recursos para comercialização, para carregamento de estoque e esses recursos são muito importantes para cooperativas, para comerciantes porque permitem carregar o estoque durante o ano. E nesse momento em que temos preços altos no café é importante termos essa linha de crédito fazendo com que possa haver uma melhor distribuição ao longo do ano da comercialização do café”, completou Farnese.
Recursos:
O orçamento desta temporada está distribuído da seguinte forma: R$ 1,28 bilhão em custeio, R$ 1,77 bilhão em comercialização, R$ 1,08 bilhão em aquisição de café e R$ 504,4 milhões em capital de giro para indústrias e cooperativas.
O Conselho Monetário Nacional, por recomendação do Ministério da Agricultura, reservou no último dia 17 de agosto, R$ 1,32 bilhão do Fundo para apoiar os cafeicultores que tiveram perdas com as geadas. A medida foi aprovada pelo Conselho Deliberativo da Política do Café em reunião em 10 de agosto.
As geadas ocorridas no sul de Minas Gerais provocaram prejuízos aos produtores de café da região. O cafeicultor Fernando Barbosa, do município São Pedro da União (MG), foi um dos que teve a lavoura atingida e conta com os recursos para a recuperação. “A geada atingiu várias lavouras de café em várias escalas, tanto pegando lavouras mais novas quanto mais velhas. Lavouras da região sul de Minas, como Alfenas, tiveram áreas totais de produtores que foram atingidos”, relatou.
Durante o mês de julho, ocorreram geadas nas principais regiões produtoras de café de Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
O Funcafé:
Os recursos do Fundo são destinados a linhas de crédito para financiamentos dos tratos culturais da lavoura, armazenagem, comercialização e aquisição do produto, capital de giro para indústrias e cooperativas de produção e ainda para recuperação de cafezais danificados por chuvas de granizo, geadas, vendavais ou outros fenômenos climáticos. Para buscar a linha de crédito basta procurar uma instituição que atue como agente financeiro do Funcafé e conferir os valores e condições.
Saiba mais sobre as liberações do Funcafé.
Por: Idaliana Freitas
Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ( MAPA).
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