O agronegócio brasileiro vem desempenhando um papel importante no crescimento e desenvolvimento do país. A sua representatividade ultrapassa fronteiras e se torna o polo da alimentação no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a segurança alimentar mundial depende da produção brasileira para abastecer toda a população mundial, o que comprova que o agro do Brasil tem assumido o protagonismo no mercado internacional.
Com toda essa perspectiva, um dos motivos que tem alavancado a expansão é o aumento da produtividade graças ao uso da tecnologia associada a uma gestão mais diversificada, com a participação da mulher nas atividades do campo. A representatividade feminina no campo está cada vez mais forte, pois a mulher, tecnologia e agronegócio formam uma equação equivalente que tem resultado em maior produtividade, eficiência e lucratividade.
A Força no Campo:
As mulheres do campo não são mais somente filhas, esposas ou herdeiras de proprietários de terra, elas têm sobressaído e ocupado um lugar de destaque em diversos processos produtivos, na geração de renda nas propriedades rurais, exercendo múltiplos papéis como: produtoras, engenheiras agrônomas, administradoras, pesquisadoras cientificas e até operadoras. A associação do trabalho do campo com a força, principalmente em comparação ao trabalho masculino não tem impedido os avanços e as conquistas, o engajamento feminino é um diferencial nas atividades e a tecnologia tem contribuído muito para esse trabalho.
Essas mulheres têm sido muito guerreiras e corajosas, além de cuidar da casa, dos filhos e cuidar inteiramente de uma família, ainda estão dispostas a novos desafios e estratégias para alcançar os seus ideais. É à força da mulher no campo para o agro cada vez mais participativo!
As estatísticas apontam o crescimento dessa participação, conforme último Censo Agro, divulgado pelo IBGE:
• Cerca 20% dos empreendimentos rurais do país são dirigidos por mulheres;
• A agricultura é a área na qual as mulheres têm maior presença, com 42% de participação;
• O número de mulheres em posição de liderança no campo, de acordo com o IBGE, cresce a cada dia;
• Entre 2006 e 2017, o número de mulheres que lideram propriedades rurais no País cresceu de 12,68% para 18,64%;
• Hoje as mulheres ocupam cerca de 30% dos cargos de comando no campo.
E onde se concentra esses números crescentes?
• Em minifúndios > 49,5%;
• Pequenas propriedades > 26,1%;
• Médias propriedades > 13,5%;
• Grandes propriedades > 10,9%;
Áreas de atuação dessa participação no setor:
• Atuam dentro da fazenda > 73%;
• Trabalham em cooperativas > 3,7%;
• Insumos agrícolas > 3,4%;
• Atividades da indústria > 9,3%.
Traduzindo em valores, as mulheres do agro movimentam cerca de US$ 165 bilhões, ou seja, 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, uma vez que o agronegócio representa 25% do PIB total.
Por: Idaliana Freitas
Com informações da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e Centro de Pesquisas Econômicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ) ( CEPEA)
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