A indústria de processamento manteve o ritmo de produção de farelo e óleo em 2022 acima do registrado no ano anterior.
A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) atualizou as estatísticas do complexo soja no Brasil até março de 2022, mantendo grande parte dos números para a cadeia produtiva e com ajustes marginais para a safra e outros usos da soja em grão.
A mudança mais significativa foi o aumento da projeção de exportação de óleo de soja em cerca de 100 mil toneladas, devendo alcançar 1,8 milhão de toneladas em 2022. O volume é decorrente da maior demanda internacional pelo produto. Sobre este aspecto, as razões são o conflito no leste europeu e seus impactos no óleo de girassol, os reflexos das medidas restritivas à exportação de óleo de palma e a maior demanda por óleo vegetal na Índia.
Para o mercado interno, a Associação não alterou a projeção de consumo, que segue em 7,9 milhões de toneladas para este ano.
A indústria de processamento manteve o ritmo de produção de farelo e óleo em 2022 acima do reportado no ano anterior. Em março, houve crescimento de 3,4% frente ao mesmo mês de 2021. No acumulado do primeiro trimestre deste ano foram processadas 9,3 milhões de toneladas de soja, para uma amostra representativa de 83,5% do esmagamento do grão no Brasil. Os números indicam um crescimento de 12,1% no comparativo com o mesmo período do ano passado.
Foram realizados novos reajustes positivos para os preços de referência da soja em grão, farelo e óleo. Com base nesses indicadores, a Abiove projeta que as exportações dos três produtos devem atingir cerca de US$ 58 bilhões em 2022.
Conteúdo: Canal Rural
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